Desde o Projeto 365 Canções (2010), o desafio é ser e estar à escuta dos cancionistas do Brasil, suas vocoperformances; e mergulhar nas experiências poéticas de seus sujeitos cancionais sirênicos.
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19 maio 2024
Chico Buarque do Brasil
Dentre os livros que analisam a obra do autor de "Geni e o Zepelim", CHICO BUARQUE DO BRASIL se destaca. Profundo conhecedor da obra buarqueana, Rinaldo de Fernandes organiza textos com enfoques diversos. Antonio Candido, Regina Zappa, José Saramago, Cecilia Almeida Salles, Augusto Boal, Regina Zilberman, Frei Betto compõem um coro de quase 50 autores debruçados sobre as canções, o teatro e a ficção de Chico, construindo seu lugar de intérprete do Brasil. Amador Ribeiro Neto, por exemplo, cruza o poema "Cidade City Cité" de Augusto de Campos com o disco "As cidades", lançado por Chico em 1998 - "num e noutro o caleidoscópio cotidiano de seres e coisas da cidade descatam-se com os contornos de uma lente objetiva ou angular", escreve Ribeiro Neto. Por sua vez, Sônia Ramalho aponta que "o duplo pastiche autobiográfico veiculado pela circularidade romanesca torna possível a "Budapeste" problematizar a noção de individualidade autoral inerente ao gênero autobiográfico clássico". Friccionando tradições e promovendo rupturas, na palavra escrita, ou encenada, ou cantada, a obra de Chico Buarque recebe aqui a atenção justa. Lançado nas comemorações pelos 60 anos do artista, CHICO BUARQUE DO BRASIL interpreta o intérprete. Para o organizador do livro, "num país deselegante, indiscreto e pouco generoso com boa parte de sua população, Chico é coro do contrário - ainda". E quem há de negar?
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