Qual é a função da crítica de arte? Essa pergunta inquieta a nossa história deste sempre. A princípio, a crítica serve para (re)apresentar um obra artística: traduzi-la, inventá-la em palavras para o público em geral, analisa-la e fazer um convite à apreciação. Ao crítico cabe imprimir a pertinência de uma obra diante da cultura em que ela se forja.
Por princípio, toda crítica deve ser isenta do gosto pessoal do crítico. E fazer uso de mecanismos objetivos, para que o leitor possa sentir-se convidado. Criticar é ouvir, ler, ver a obra de modo instrumentalizado. Mas, ao mesmo tempo, estar sempre aberto às sonoridades, gramáticas, sintaxes, morfologias internas da obra que se apresenta nova. A crítica é um acontecimento social: linguagem que critica linguagem.
Como podemos ver, a função do crítico não é tarefa fácil de ser desempenhada. Nem juiz, nem fã, o crítico de canção ainda precisa lidar em um campo nebuloso da cultura: ser especialista onde todos se sentem credenciados a criticar, onde o que pesa é o frenesi da quantidade de visitas que o vídeo do artista recebeu na internet. Ser "O hype dos ringstone / O megahit no youtube".
Parafraseando Gilberto Gil, na canção tudonada cabe. Ciências sociais, Linguística, Semiótica, Musicologia, Filosofia, História, Antropologia, Comunicação, Letras. Por seu caráter transdisciplinar - não é (só) literatura, não é (só) música, não é (só) técnica vocal - a canção ainda não achou seu lugar dentro da universidade, não é uma disciplina. Apesar dos trabalhos e dos empenhos seminais de bravos pesquisadores. Não falo de uma substituição do rodapé pela cátedra. Longe disso, penso no convívio frutífero de ambos, na colaboração dos pensamentos para se investigar teoricamente as poéticas e as estéticas da canção.
Portanto, quem tem a autoridade para criticar canção? De todos e de ninguém, aliada à forte penetração no cotidiano, a (linguagem) canção vive e sofre a mercê do gosto de quem lhe comenta, resenha, critica. E nem podemos dizer que, diferente do que acontece com a literatura, haja uma querela entre crítica acadêmica e crítica de periódicos e blogs. Em canção, há uma ensurdecedora ausência de espírito crítico. Pior para a canção.
Claro, graças às musas e às sereias, temos cancionistas que, vira-e-mexe, através de procedimentos críticos, inflamam uma discussão ou outra, mas sempre fadada a ser repercutida mais na "cultura das celebridades" do que no debate cultural, do conhecimento.
Foi observando esses cancionistas-críticos, ou melhor, o cancionista como intelectual da cultura, que a pesquisadora Santuza Cambraia Naves (ler Canção popular no Brasil) chegou àquilo que ela chamou de "canção crítica". Ou seja, há canções que desenvolvem "um componente crítico". Ainda segundo a autora, "principalmente após a bossa nova, a canção popular tornou-se um espaço crítico em relação ao seu meio de produção, consumo e circulação. (...) Não se trata de uma crítica que se restringe à participação do intelectual na vida pública, como de fato ocorre, mas também de operar com o pensamento crítico no próprio processo criativo, lidando com procedimentos intertextuais e metalinguísticos".
Em tempos de download rápido, da emergência necessária dos cancionistas independentes, da multiplicação de vozes e de suas críticas impressionistas e celebratórias, da democratização promovida pela internet, urge uma crítica que aponte as noções de seus mecanismos de investigação, para além do mero comercial. E, consequentemente, pensar que a cultura cancional está implodida na disseminação sem controle de seu objeto, via internet.
O problema é que uma crítica especializada, mesmo baseada em critérios de análise, por vezes é recebida como ataque pessoal. Ainda é comum confundir criticar com "falar mal". O crítico, quando está exercendo sua função, não é fã deste ou daquele cancionista. A visão contrária, o embate teórico, do pensamento, só faz o objeto - no caso, a canção - enriquecer. Hoje vivemos uma contradição terrível: se por um lado há a emergência de várias vozes, por outro lado há uma busca infrutífera e fatal por UMA verdade.
Além disso, a confusão metodológica com que alguns críticos trabalham faz o leitor desacreditar da crítica. Intuição (paixão) e raciocínio (lucidez) devem estar tencionadas na mesma medida em toda crítica que se quer honesta, pós-colonial, além do furo-de-reportagem, trans-dialética entre o bom e o mau gosto.
E como é na ousadia que a nossa herança cultural se mostra mais coerente, eis que surge uma canção como "Mamãe no face", de Zeca Baleiro (O disco do ano, 2012). Aqui, Baleiro canta um olhar crítico não só de fora do objeto, mas também de fora da crítica. E causa mal estar ao elencar nomes de pessoas e entidades responsáveis por engendrar consagrações na área da canção.
Para ficar apenas em um dos citados, um cancionista-crítico, Caetano Veloso deu razão a Lobão quando este cantou, em "Para o mano Caetano" (2001: Uma Odisséia no Universo Paralelo): "Chega de verdade!". Uma crítica tanto ao título do livro Verdade tropical, publicado em 1997, pelo mano, quanto à confessada "ânsia permanente de manter a transparência, uma honestidade pública", nas palavras de Caetano.
À época, em entrevista à revista Trip (#91), Lobão declarou: "Eu queria mesmo sacanear o Caetano". Ao que o outro respondeu: "Achei isso tão profundo, tão certo pra mim e bem pensado! (...) Diz muito a respeito da minha biografia pessoal e artística. (...) Achei um conselho vindo de alguém que está me vendo sinceramente". Em 2009, Caetano retribuiria a canção com "Lobão tem razão" (Zii e zie).
Deste modo, "Mamãe no face" se desassemelha de "Paratodos", de Chico Buarque, "Pra ninguém", de Caetano Veloso e "Todas elas juntas num só ser", de Lenine e Carlos Rennó, por exemplo, apenas pelo fato de que, enquanto estas são leituras (quase) acríticas do gosto de cada cancionista, aquela mira na crítica da crítica. Porém, todas indiciam sujeitos amantes de canção, do fazer cancional.
Importa lembrar ainda que em 2009 Marcela Bellas lançou um disco cujo título é Será que Caetano vai gostar?, em mais uma menção à filosofia do gostar de gostar usada por Caetano Veloso. E que o irônico e calculadamente pretensioso título do álbum de Zeca Baleiro lembra o título A melhor banda de todos os tempos da última semana (2001), disco do grupo Titãs. Ambos tematizando a efemeridade da recepção do fazer canção em tempos de reprodução e de mobilidade técnicas facílimas.
É bom lembrar também que não é a primeira fez que a língua de Zeca Baleiro desagrada o coro dos contentes. Em "Bienal" (Vô imbolá, 1999), ele focou na artes plásticas para criticar o tom apoteótico e incensado da crítica de arte: "Pra entender um trabalho tão moderno / É preciso ler o segundo caderno, / Calcular o produto bruto interno, / Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone, / Rodopiando na fúria do ciclone, /Reinvento o céu e o inferno", cantou. E evocou a mãe: "Minha mãe certa vez disse-me um dia, / Vendo minha obra exposta na galeria, / "Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia / E muito mais feio que um hipopótamo insone".
"Mamãe, não sou mainstream, nem sou cool / Eu sou assim vaptvupt / Caiu na boca do povo // Mamãe, é bom ser experiente / Ainda mais independente / Não ser nem velho nem novo // Mamãe, o fato é que eu tô na moda / Mamãe, fiz um disco foda / Faz um download / Ouve aí", canta agora Zeca Baleiro. É deste lugar pós-nacional, híbrido, de fluxos, crítico que ele fala. E é a partir daí que deve ser ouvido.
Ao artista cabe sair (ou não) da sombra dos antecessores e desestabilizar a verdade, as certezas. Assim fizeram os tropicalistas. E é isso que, de modo enviesado, o sujeito que canta em "Mamãe no face" faz: desacomoda para acomodar-se - "Mamãe, eu fiz o disco do ano".
A auto referencialidade, evocando a mãe, talvez sua única ouvinte diante da profusão de "novos" cantores ("as cantoras que há de sobra"), faz do sujeito de "Mamãe no face" um malicioso e lúcido pensador de seu tempo, das polêmicas requentadas e das mornas rebeldias. Ele canta e critica "o ido o tido o dito, o dado o consumido, o consumado". "Mamãe no face" é uma canção crítica do cânone e das estratégias de consagração.
"Mamãe no face" é uma crítica à cultura cancional. Com isso quem ganha é a própria cultura. Enquanto fãs de Zeca e de Caetano brigam, quem ganha com o espírito crítico do primeiro, importa dizer, herdado, de viés, do segundo de tempos tropicalistas, é a canção. O pensamento da canção. Homenagem ou puro sarcasmo, pouco importa. "Mamãe no face" mexe com os afetos (agrados e desagrados) da crítica cancional. E isso é muito bom. Melhor para a canção.
Como podemos ver, a função do crítico não é tarefa fácil de ser desempenhada. Nem juiz, nem fã, o crítico de canção ainda precisa lidar em um campo nebuloso da cultura: ser especialista onde todos se sentem credenciados a criticar, onde o que pesa é o frenesi da quantidade de visitas que o vídeo do artista recebeu na internet. Ser "O hype dos ringstone / O megahit no youtube".
Parafraseando Gilberto Gil, na canção tudonada cabe. Ciências sociais, Linguística, Semiótica, Musicologia, Filosofia, História, Antropologia, Comunicação, Letras. Por seu caráter transdisciplinar - não é (só) literatura, não é (só) música, não é (só) técnica vocal - a canção ainda não achou seu lugar dentro da universidade, não é uma disciplina. Apesar dos trabalhos e dos empenhos seminais de bravos pesquisadores. Não falo de uma substituição do rodapé pela cátedra. Longe disso, penso no convívio frutífero de ambos, na colaboração dos pensamentos para se investigar teoricamente as poéticas e as estéticas da canção.
Portanto, quem tem a autoridade para criticar canção? De todos e de ninguém, aliada à forte penetração no cotidiano, a (linguagem) canção vive e sofre a mercê do gosto de quem lhe comenta, resenha, critica. E nem podemos dizer que, diferente do que acontece com a literatura, haja uma querela entre crítica acadêmica e crítica de periódicos e blogs. Em canção, há uma ensurdecedora ausência de espírito crítico. Pior para a canção.
Claro, graças às musas e às sereias, temos cancionistas que, vira-e-mexe, através de procedimentos críticos, inflamam uma discussão ou outra, mas sempre fadada a ser repercutida mais na "cultura das celebridades" do que no debate cultural, do conhecimento.
Foi observando esses cancionistas-críticos, ou melhor, o cancionista como intelectual da cultura, que a pesquisadora Santuza Cambraia Naves (ler Canção popular no Brasil) chegou àquilo que ela chamou de "canção crítica". Ou seja, há canções que desenvolvem "um componente crítico". Ainda segundo a autora, "principalmente após a bossa nova, a canção popular tornou-se um espaço crítico em relação ao seu meio de produção, consumo e circulação. (...) Não se trata de uma crítica que se restringe à participação do intelectual na vida pública, como de fato ocorre, mas também de operar com o pensamento crítico no próprio processo criativo, lidando com procedimentos intertextuais e metalinguísticos".
Em tempos de download rápido, da emergência necessária dos cancionistas independentes, da multiplicação de vozes e de suas críticas impressionistas e celebratórias, da democratização promovida pela internet, urge uma crítica que aponte as noções de seus mecanismos de investigação, para além do mero comercial. E, consequentemente, pensar que a cultura cancional está implodida na disseminação sem controle de seu objeto, via internet.
O problema é que uma crítica especializada, mesmo baseada em critérios de análise, por vezes é recebida como ataque pessoal. Ainda é comum confundir criticar com "falar mal". O crítico, quando está exercendo sua função, não é fã deste ou daquele cancionista. A visão contrária, o embate teórico, do pensamento, só faz o objeto - no caso, a canção - enriquecer. Hoje vivemos uma contradição terrível: se por um lado há a emergência de várias vozes, por outro lado há uma busca infrutífera e fatal por UMA verdade.
Além disso, a confusão metodológica com que alguns críticos trabalham faz o leitor desacreditar da crítica. Intuição (paixão) e raciocínio (lucidez) devem estar tencionadas na mesma medida em toda crítica que se quer honesta, pós-colonial, além do furo-de-reportagem, trans-dialética entre o bom e o mau gosto.
E como é na ousadia que a nossa herança cultural se mostra mais coerente, eis que surge uma canção como "Mamãe no face", de Zeca Baleiro (O disco do ano, 2012). Aqui, Baleiro canta um olhar crítico não só de fora do objeto, mas também de fora da crítica. E causa mal estar ao elencar nomes de pessoas e entidades responsáveis por engendrar consagrações na área da canção.
Para ficar apenas em um dos citados, um cancionista-crítico, Caetano Veloso deu razão a Lobão quando este cantou, em "Para o mano Caetano" (2001: Uma Odisséia no Universo Paralelo): "Chega de verdade!". Uma crítica tanto ao título do livro Verdade tropical, publicado em 1997, pelo mano, quanto à confessada "ânsia permanente de manter a transparência, uma honestidade pública", nas palavras de Caetano.
À época, em entrevista à revista Trip (#91), Lobão declarou: "Eu queria mesmo sacanear o Caetano". Ao que o outro respondeu: "Achei isso tão profundo, tão certo pra mim e bem pensado! (...) Diz muito a respeito da minha biografia pessoal e artística. (...) Achei um conselho vindo de alguém que está me vendo sinceramente". Em 2009, Caetano retribuiria a canção com "Lobão tem razão" (Zii e zie).
Deste modo, "Mamãe no face" se desassemelha de "Paratodos", de Chico Buarque, "Pra ninguém", de Caetano Veloso e "Todas elas juntas num só ser", de Lenine e Carlos Rennó, por exemplo, apenas pelo fato de que, enquanto estas são leituras (quase) acríticas do gosto de cada cancionista, aquela mira na crítica da crítica. Porém, todas indiciam sujeitos amantes de canção, do fazer cancional.
Importa lembrar ainda que em 2009 Marcela Bellas lançou um disco cujo título é Será que Caetano vai gostar?, em mais uma menção à filosofia do gostar de gostar usada por Caetano Veloso. E que o irônico e calculadamente pretensioso título do álbum de Zeca Baleiro lembra o título A melhor banda de todos os tempos da última semana (2001), disco do grupo Titãs. Ambos tematizando a efemeridade da recepção do fazer canção em tempos de reprodução e de mobilidade técnicas facílimas.
É bom lembrar também que não é a primeira fez que a língua de Zeca Baleiro desagrada o coro dos contentes. Em "Bienal" (Vô imbolá, 1999), ele focou na artes plásticas para criticar o tom apoteótico e incensado da crítica de arte: "Pra entender um trabalho tão moderno / É preciso ler o segundo caderno, / Calcular o produto bruto interno, / Multiplicar pelo valor das contas de água, luz e telefone, / Rodopiando na fúria do ciclone, /Reinvento o céu e o inferno", cantou. E evocou a mãe: "Minha mãe certa vez disse-me um dia, / Vendo minha obra exposta na galeria, / "Meu filho, isso é mais estranho que o cu da jia / E muito mais feio que um hipopótamo insone".
"Mamãe, não sou mainstream, nem sou cool / Eu sou assim vaptvupt / Caiu na boca do povo // Mamãe, é bom ser experiente / Ainda mais independente / Não ser nem velho nem novo // Mamãe, o fato é que eu tô na moda / Mamãe, fiz um disco foda / Faz um download / Ouve aí", canta agora Zeca Baleiro. É deste lugar pós-nacional, híbrido, de fluxos, crítico que ele fala. E é a partir daí que deve ser ouvido.
Ao artista cabe sair (ou não) da sombra dos antecessores e desestabilizar a verdade, as certezas. Assim fizeram os tropicalistas. E é isso que, de modo enviesado, o sujeito que canta em "Mamãe no face" faz: desacomoda para acomodar-se - "Mamãe, eu fiz o disco do ano".
A auto referencialidade, evocando a mãe, talvez sua única ouvinte diante da profusão de "novos" cantores ("as cantoras que há de sobra"), faz do sujeito de "Mamãe no face" um malicioso e lúcido pensador de seu tempo, das polêmicas requentadas e das mornas rebeldias. Ele canta e critica "o ido o tido o dito, o dado o consumido, o consumado". "Mamãe no face" é uma canção crítica do cânone e das estratégias de consagração.
"Mamãe no face" é uma crítica à cultura cancional. Com isso quem ganha é a própria cultura. Enquanto fãs de Zeca e de Caetano brigam, quem ganha com o espírito crítico do primeiro, importa dizer, herdado, de viés, do segundo de tempos tropicalistas, é a canção. O pensamento da canção. Homenagem ou puro sarcasmo, pouco importa. "Mamãe no face" mexe com os afetos (agrados e desagrados) da crítica cancional. E isso é muito bom. Melhor para a canção.
***
Mamãe no Face
(Zeca Baleiro)
Mamãe
Eu fiz o disco do ano
E até mesmo Caetano
Parece que aprovou
Mamãe
Eu sigo na minha rota
Veja só o Nelson Motta
Disse que o disco é show
Só falta
Que a Folha de São Paulo
Comece a incensá-lo
Dizer que eu sou o cara
Ou então
Que os rapazes da Veja
Me chamem pruma cerveja
Veja só que coisa rara
Mamãe
Não sou mainstream nem sou cult
Meu som assim vapt vupt
Caiu na boca do povo
Mamãe
É bom ser experiente
Ainda mais independente
Não ser nem velho nem novo
Só falta
Ser capa da Rolling Stone
O hype dos ringtones
O megahit no youtube
E as
Cantoras que há de sobra
Festejarão minha obra
Não saio mais desse clube
Mamãe
Eu fiz o disco do ano
Parece até q o Hermano
Falou bem na Piauí
Mamãe
O fato é que eu tô na moda
Mamãe fiz um disco foda
Faz um download e ouve aí
(Zeca Baleiro)
Mamãe
Eu fiz o disco do ano
E até mesmo Caetano
Parece que aprovou
Mamãe
Eu sigo na minha rota
Veja só o Nelson Motta
Disse que o disco é show
Só falta
Que a Folha de São Paulo
Comece a incensá-lo
Dizer que eu sou o cara
Ou então
Que os rapazes da Veja
Me chamem pruma cerveja
Veja só que coisa rara
Mamãe
Não sou mainstream nem sou cult
Meu som assim vapt vupt
Caiu na boca do povo
Mamãe
É bom ser experiente
Ainda mais independente
Não ser nem velho nem novo
Só falta
Ser capa da Rolling Stone
O hype dos ringtones
O megahit no youtube
E as
Cantoras que há de sobra
Festejarão minha obra
Não saio mais desse clube
Mamãe
Eu fiz o disco do ano
Parece até q o Hermano
Falou bem na Piauí
Mamãe
O fato é que eu tô na moda
Mamãe fiz um disco foda
Faz um download e ouve aí
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluirOlá José Luiz,
ResponderExcluirAgradeço sua atenção e suas palavras.
abraço
Leonardo
Muito boa esta visão da crítica, Leonardo. Sinto uma falta imensa da crítica real de música no Brasil, no nível que há na literatura e nas artes plásticas. Entro numa livraria, e na prateleira de música há biografias do Sérgio Cabral, songbooks... Quem realmente está disposto a fazer uma leitura aprofundada tem muito pouca visibilidade, exceção feita a um sujeito como o Wisnik, que é também compositor, e poucos outros. Assim como há gente produzindo música brasileira que aponta direções, há que haver também leituras destas obras, um processo de realimentação artista/crítica que o fomente, para além de "hypices" e camaradagens, mas fazendo valer a transdisciplinaridade da canção. Vamos em frente. Abraços.
ResponderExcluirPois é Túlio,
ResponderExcluirfaço minhas as suas palavras. Os livros sobre o tema canção ou "chovem no molhado", ou são teses transpostas para livros. Falta um "meio termo". Faltam, como você bem apontou, elementos e pensamentos desenvolvidos sobre o que está sendo produzido.
Vamos em frente!
Abraços
Só hoje ouvi essa música,adorei!!! Principalmente pelo seu teor crítico,penso em fazer meu TCC envolvendo produção musical/cultural como reflexo da sociedade na qual é produzida.Adorei! Parabéns pelo blog
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